Estudando a redenção a partir da Torá
Baseado em Mechubarót, Parashot B'har/B'chucotai.
(5775 - 2015)
(Porções semanais juntas - No monte/Nos meus estatutos)
Torá (Pentateuco): Lv 25:1 a 27:33 (na bíblia cristã vai até 27:34)
Haftará (escritos dos profetas): Jr 32:6-27
Brit chadashá (escrito dos apóstolos): Lc 4:16-21
Existe muita similaridade nestas duas parashot, pois ambas relatam sobre omesmo evento: moshe(moisés) no monte sinai recebendo instruções do ETERNO. Os temas principais abordados nesta semana são: o ano sabático (shemitá), o ano do jubileu (Yovêl), promessas de bençãos sobre a fidelidade e as maldições caso seja escolhido a desobediência, As leis sobre o voto (neder) e o dízimo (massar). Detalharei um pouco todos os temas e me aprofundarei em um deles para tecer minha midrash (estudo) desta semana.
SHEMITÁ
Podemos entender o ano sabático como uma prova de obediência em exercício da fé. Na nossa atualidade parece fácil não plantar nada na terra, porém estamos falando de um país que dependia da terra para a sua sobrevivência e que estava ordenado não semear absolutamente nada neste sétimo ano, seria o ano de descanso da terra. Os Israelitas só poderiam comer do que nascesse da terra por ela mesma, sem nenhuma intervenção humana, eles deveriam esperar só pela intervenção divina para produzir no 6° ano uma quantidade suficiente para 3 anos.
No sexto ano o judeu precisava colher o triplo de uma colheita normal, pois seria alimento do ano presente, do 7° ano e de 8° ano quando eles ainda iriam plantar para poder esperar a colheita, obviamente não poderiam esperar a colheita do 8° ano sem nenhum mantimento. Tinham que ficar crentes na provisão divina também para não estragar nem se perder antes do tempo necessário aquilo que foi colhido no 6° ano, precisavam também ter muita fé na intervenção do ETERNO para que ele mandasse a provisão no 7° ano daqueles que não tinham terras(os pobres). Sem falar que o ano do shemitá além de tratar da ganância e da fé do hebreu ainda colocava em prática o segundo maior mandamento: “E amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. (Lv 19:18) pois é obrigação do hebreu ajudar o seu próximo no ano do shemitá e em qualquer situação em que haja necessidade. No shemitá, as dívidas dos Israelitas eram perdoadas pelos seus irmãos israelitas, exceto, se o devedor tivesse condições de pagar ( Dt 15:4).
BENÇÃO OU MALDIÇÃO?
As promessas de bençãos são expostas para os hebreus, bençãos em cima de bençãos, porém todas elas são condicionais. Os primeiros versos da parashá bechucotai demostram claramente esta condicionalidade: “Im b'chucotai telekhu v'et mitsvotai tishmeru vaassitem otam” (se nos meus estatutos andares e meus preceitos guardardes e os fizerdes). A partícula “SE” aparece antes de ser proferida a benção. Assim foi, assim é e assim sempre será. Não estamos presos a um destino, não somos predestinados a nada, podemos ter uma promessa por estar abraçando alguma aliança, mas não estamos presos a essa aliança. O poder disso está nas nossas mãos.
Podemos “andar nos estatutos” ou podemos simplesmente não querer andar nesse caminho. Isso é uma decisão que nem pais, nem alguma autoridade, nem o próprio ETERNO pode tomar por nós. Andar na benção ou maldição é uma escolha nossa. Muitos se vangloriam por já terem nascido com uma PREDISPOSIÇÃO a uma determinada aliança por causa dos esforços dos seus pais, acreditam já serem “salvos” por nascerem em um lar que teme ao ETERNO, porém se esquecem que a salvação não é dada pelas obras e fé dos antepassados e sim pelas suas obras e pela sua fé. Nós somos os senhores do nosso destino e se quisermos realmente ser servos do ETERNO, temos que abrir mão desse senhorio e ceder este lugar a ELE.
NEDER
Nos primeiros versos do capítulo 27 vemos todas as instruções sobre o voto. Vemos toda a importância que o ETERNO tem em formar o caráter de Israel, pois uma pessoa que não tem palavra não tem moralidade. E se esta pessoa não consegue honrar com a sua palavra ao seu D'us, jamais honrará o seu próximo. O nosso mestre Yeshua disse: “que seja a vossa palavra sim sim e não não, o que passar disso provém do maligno” (Mt 5:37).
Sabemos que o ETERNO é rico em misericórdia, pois “as suas misericórdias são a causa de não sermos consumidos” (Lm 3:22) e mesmo sabendo que o hebreu lhe prometeu algo ou alguma coisa, ELE da a opção de você se arrepender do seu voto pagando uma multa do valor do voto mais 20% desse valor. Dessa forma o hebreu saberá que a palavra tem que ser sim sim e não não, caso haja desistência da parte dessa pessoa o valor da “quebra de contrato” será maior do que o valor do contrato. No verso 29 do mesmo capítulo eu pude perceber um pouco da essência da justiça do ETERNO. “nenhuma pessoa sentenciada à morte e, desse modo, consagrada incondicionalmente, poderá ser resgatada; ela deverá ser executada” (Lv 27:29) se alguma pessoa cometer um crime de morte, porém alegar que tem que pagar um voto ao ETERNO e por isso não pode morrer o ETERNO diz: que seja morta. Entendo com isso que o ETERNO não vai promover a injustiça por causa de um voto prometido a ELE, nenhuma pessoa está livre das suas obrigações só porque prometeu um voto ao ETERNO. O voto está além das suas obrigações (Mc 7:10-13).
MASSAR
O dízimo deveria ser trazido para o lugar que o ETERNO escolheu ser adorado e comido ali (Dt 15:20 / Dt 14:23). No verso 30 do capítulo 27 de levítico está escrito: “perante o ETERNO o comerás”. Nisso aprendemos outro princípio importante: devemos comer do nosso dízimo, os levitas são participantes e existe a porção deles desse dízimo, porém também existe a porção do que leva o dízimo. De 3 em 3 anos os dízimos não eram mais só dos levitas e do que ofertava e sim também do POBRE e do necessitado (Dt 14:29).
Hoje seguimos apenas uma lembrança deste mandamento, pois o templo não está de pé, e não podemos ir adorar em Yerushalaim(Jerusalém) ainda. Separamos a 10° parte da nossa renda e oferecemos ao ETERNO para a sua obra, porém temos que ser participantes dos frutos dessa obra, temos que ser alimentados desse “dízimo” e somos alimentados de várias formas, tanto físicas (conforto da congregação, alimento e etc...) como espirituais (palavra de conselho, ensino, cobertura espiritual e etc...).
YOVÊL / GOEL
O ano do jubileu (Yovêl) ocorria de 50 em 50 anos e este era o ano de benção e redenção. Havia liberdade para os escravos israelitas (Lv 25:44-46 e Lv 25:54-55) e as propriedades voltavam para os seus primeiros donos, EXCETO as casas que fossem vendidas dentro de cidades muradas que não pertencessem aos levitas, a estas não tinha poder o yovêl. As casas vendidas dentro de cidades muradas(se não fossem de levitas, pois o que é do levita sempre terá resgate) só poderia ser resgatada no máximo até um ano após da sua venda (Lv 25:29-30).
A torá não é socialista, ao ponto de querer repartir tudo a todos e impedir o crescimento individual de cada um, nem é capitalista ao ponto de visar o lucro acima de tudo. De tempos em tempos a torá interferia no comercio de Israel, para poder retornar todas as propriedades ao dono original... a torá é um sistema perfeito que revela a personalidade do ETERNO. O yovêl revela o principio de que tudo pertence ao ETERNO. “A terra é minha”, diz o ETERNO. Precisamos lembrar sempre que somos meros administradores de tudo que temos em nossas mãos, pois tudo pertence ao ETERNO. O yovêl também nos fala de justiça, pois todas as compras e vendas deveriam ser baseadas na distância que estava no ano da compra para o ano do próximo yovêl, quanto mais longe do yovêl mais alto ficava o valor do terreno.
Poderia acontecer a redenção fora do yovêl se houvesse um Goêl (remidor). O goêl era um parente próximo que, tendo condições de quitar a dívida do seu irmão, teria obrigação de fazer.
O NOSSO GOEL (YESHUA HA MASHIACH)
O conceito de que o Mashiach (messias/ungido) é o Goel (resgatador/libertador) para a humanidade é um conceito muito antigo que começou em Gn 3:15 e vem decorrendo do começo das escrituras até o fim delas (Is 7:14/ Rm 16:20/ 1 jo3:8). Todos os que conhecem as escrituras sabem que o mashiach é o nosso salvador mas pouquíssimos conhecem o que é que mashiach salvará e como é esse plano da redenção. APRESENTAREI UMA PROBABILIDADE de resposta sobre este tão importante PLANO DE REDENÇÃO da qual o mashiach é a principal ferramenta USADA pelo ETERNO.
Antes de tudo temos que ter em mente qual é a nossa base, não podemos partir para um estudo e levantar teorias sem saber a base da qual partimos, a base judaica para tudo é a Torá e esta será minha base também. Todas as outras coisas deverão estar embasados nela, as próprias escrituras sagradas têm que ter ela como referencial, por isso as nossas bases de estudo são as parashot (porções semanais da torá), as porções dos profetas e os escritos dos apóstolos são baseadas totalmente na parashá. De acordo com o nosso estudo semanal, não conseguimos ler todas as escrituras sagradas (bíblia) anualmente, porém conseguimos ler toda a torá anualmente.
A torá é a base de tudo, é completa e ela é a parte mais importante de todas as escrituras para nós (os judeus e também aos que foram enxertados no povo de Israel). Tendo isso por base, sempre temos que partir da torá para as demais escrituras, não se pode existir nenhuma doutrina criada a partir de outra fonte que não seja a torá.
Toda doutrina das escrituras para ser válida para nós tem que estar fundamentada nela e ter nela as suas raízes firmes. Como saber se temos as raízes das nossas doutrinas fundamentadas na torá? É muito simples, basta fingir que as outras escrituras não existem e tentar perceber se a torá te dá o princípio da sua doutrina. Se depois deste teste isso não ocorrer, saberás que a tua doutrina não tem como princípio a torá e sim, outras partes das escrituras. E ter a torá como base é o suficiente? Para nós sim. Pois estudamos toda a bíblia e não percebemos nada de diferente do que foi escrito na torá.
Percebemos sempre a mesma doutrina sendo aplicada em vários contextos no decorrer de todas as escrituras, percebemos apenas o mesmo conteúdo sendo tratado com diferentes didáticas. Para nós, os escritos dos profetas( tanach com exceção da torá) e os escritos dos apóstolos (conhecido mundialmente como “novo” testamento) nada mas é do que a repetição da torá com uma didática aplicada para aquele espaço e tempo.
Para entendermos o conceito de redenção precisamos entender o que se foi perdido (Gn 3). O ETERNO fez a sua primeira aliança com o nosso antepassado Adam (adão) e esta aliança era maravilhosa e perfeita (Gn 2:15-17). O homem era perfeito porém ainda não conhecia o mal, escolhia sempre fazer o bem, pois não poderia escolher seguir o mal, a probabilidade de seguir o mal estava dentro do homem (o seu livre arbítrio), porém o mal estava fora, materializado no fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal. Adam dominava em plenitude sobre toda a criação terrestre(Gn 1:28) e representava o ETERNO para esta criação (Gn 1:26).
A árvore do conhecimento do bem e do mal estava plantada no jardim e segundo o meu entendimento, aquela árvore não era para tentar o homem, mas aquela árvore seria um prêmio dado ao homem quando este estivesse preparado para comer dela, pois até então, o homem servia ao ETERNO simplesmente porque não conhecia ainda a opção de não seguí-lo (o mal), mas acredito que na intenção do ETERNO, o homem deveria antes de conhecer o mal poder compreender o ETERNO em toda a sua plenitude e isso não é tão simples. Não sei quanto tempo Adam ficou em plenitude com o ETERNO mas eu poso garantir que todo o tempo que ele ficou no eden ainda não foi o suficiente para o conhecer em plenitude, pois se fosse já teria recebido o prêmio de conhecer o mal e mesmo assim optaria pelo bem.
Mesmo as criaturas perfeitas precisam ter muito tempo de relacionamento com o ETERNO para o poderem compreender em plenitude. O ETERNO é um ser que gosta de intimidade com os seus e não se revela plenamente enquanto esse grau de intimidade não estiver de acordo com a sua vontade. Por isso, nós seremos um adam perfeito depois da nossa ressurreição, pois conhecemos o mal, porém escolhemos servir fielmente ao ETERNO pelo que ele é, e mesmo tendo o nosso livre arbítrio não escolheremos o mal, pois conheceremos o ETERNO em plenitude.
A QUEDA
Depois desses eventos narrados até Gn 3 vemos o início da ruína do homem, e no meio de tantas tragédias, maldições e perdas podemos destacar uma como a mais significativa de todas as perdas que foi apresentada antes do homem cair (Gn 2:17). esta consequência devastadora foi já alertada pelo ETERNO como forma de fazer o homem resistir a qualquer tentação. “certamente morrerás” diz o texto... agora devemos entender o que é a morte e para saber o que é a morte temos que voltar alguns versos para que possamos entendê-la em plenitude.
O homem foi criado no sexto dia da criação, fica obvio que antes desse 6° dia o homem não existia, porém já existia o afar (pó) que foi criado muito antes do 6° dia e o nish'mat/Ruach (espírito) que também já existia dentro do criador. O homem foi criado da junção desses dois elementos: afar+ruach... (Gn2:7). A morte é justamente a SEPARAÇÃO desses dois elementos (Gn 3:19), antes da queda esse elementos eram inseparáveis e o homem não morreria, mas veio a queda e a morte foi instaurada como maldição, a separação dos dois elementos aconteceu e com essa separação o homem volta a ser o que era antes do 6° dia da criação, ou seja: NADA.
Não vemos em trecho algum deste relato o ETERNO falando que parte do homem viveria, até porque o homem não pode existir em partes, o homem é a junção de duas coisas, sem essas coisas o homem não é homem, sem essas coisas o homem NÃO EXISTE. Quando vejo pessoas afirmarem que continuam vivas após a morte eu acho isso uma afronta à ordem do ETERNO.
Se o ETERNO diz que o homem é pó e voltará para o pó, se o ETERNO afirma que certamente MORRERÁS como o homem pode CONJECTURAR que continua vivo em outra dimensão ou em outra forma?
Seria o ETERNO mentiroso? De maneira nenhuma, que sejamos nós mentirosos e ELE verdadeiro eternamente. A criatura mais importante da vida terrestre chegou ao fim, o caos estava prestes a se instaurar na criação, mas aí vem o ETERNO e cria uma ponte para fazer o homem retornar ao estado de antes, e esta ponte da redenção se chamada o MASHIACH.
O ETERNO tinha uma aliança com o homem, o ETERNO jamais quebra uma aliança (Nm 23:19) mas o homem quebrou essa aliança com o ETERNO. Então o ETERNO precisou fazer outra aliança como parte do contrato que foi quebrado pelo homem, e essa aliança foi feita com a morte. A partir de então a morte teria poder sobre todos os homens gerados da imperfeição e todos os pecadores, pois o salário de pecado é a morte (Rm 6:23). A morte levaria todos a INEXISTÊNCIA, pois essa foi a herança do pecado que herdamos de Adam. Adam e Chava (Eva) já não eram perfeitos, e o que não é perfeito não pode gerar outra coisa se não outro imperfeito, e assim aconteceu por toda a história até hoje.
Vemos crianças que não cometeram nenhum pecado, porém morrem, pois já foram gerados imperfeitos pelos seus pais que são imperfeitos. E a morte dominou todos os homens. Como sabemos que o ETERNO não muda e não quebra nenhuma contrato confirmado por ELE a única que poderia quebrar a sua parte neste contrato era a morte. Daí é que vem todo o plano de redenção.
A REDENÇÃO
A redenção consiste em: da semente da mulher nascer um que esmagará a cabeça da serpente e trará de volta o plano inicial. Se houvesse algum homem capaz de vencer a morte a redenção aconteceria. Mas parece impossível vencer a morte, pois mesmo se nunca pecássemos, somos imperfeitos, pois já fomos gerados assim e já nascemos condenados a morrer por causa da nossa origem imperfeita.
O mashiach não poderia nascer imperfeito nem poderia pecar, pois só dessa forma conseguiria vencer a morte e trazer de volta a redenção. Por isso que o mashiach precisou ser gerado através do próprio ETERNO. Ele é um homem perfeito, não tem a natureza pecaminosa herdada da sua mãe miriam(maria) nem do seu pai yossef(josé), mas ele tem a natureza do ETERNO, criado por ELE, gerado por ELE, perfeito nELE. Por causa disso a virgem(jovem que ainda não casou) precisaria conceber como sinal sobrenatural (Is 7:14) tanto para o rei Acaz, quanto um sinal sobrenatural para toda a casa de Israel que esta criança seria o mashiach, o D-us conosco. Yeshua nasceu gerado pelo poder do próprio ETERNO, homem perfeito, porém ainda existia outra barreira a ser vencida, NÃO PECAR. Se Yeshua pecasse a morte teria poder sobre ele, mas ele em tudo foi tentado, porém em nada pecou (Hb 4:15). a morte não tem poder sobre ele (Jo 10:17-18) por isso ele precisava entregar a sua vida, sendo inocente, pois fazendo isso a morte quebraria a sua parte no contrato e uma nova aliança seria firmada.
Yeshua com a sua morte naquela cruz rasgou o contrato que se tinha com a morte (cl 2:14) e estabeleceu um novo contrato (1 Co 15:21-22) pois porque ele humilhou a si mesmo foi lhe dado um nome que é sobre todo o nome, o poder de ressuscitar os mortos foi dado pelo ETERNO a ele e só existe um acima dele em toda a existência, o ETERNO que foi o que lhe deu todo o poder (1 co 15:27), por isso Yeshua é chamado de o nosso salvador, pois ele é a ferramenta usada pelo ETERNO para trazer a redenção.
CONCLUSÃO
Yeshua veio para nos trazer a vida eterna (Jo 3:16), ele é o nosso goel, por isso Yeshua precisou morrer, para que pudesse rasgar a cédula que estava escrita contra nós a partir da queda do nosso pai Adam (Cl 2:14). Por isso, só através dele podemos voltar a posição inicial, pois pela sua morte fomos sarados( Is 53:5) e a ele foi dado o poder de julgar os que receberão a vida eterna (At 17:31).
RESTAURAÇÃO JÁ!!!
N.F.R.L
דוד בן יוסף